O PRÍNCIPE DOS POETAS POPULARES

Pedro Bandeira Pereira de Caldas nasceu a 1º de maio de 1938, no Sítio Riacho da Boa Vista, no município paraibano de São José de Piranhas, sendo filho de Tobias Pereira de Caldas e da poetisa Maria Bandeira de França. É neto materno do famoso cantador nordestino, Manoel Galdino Bandeira, de quem herdou o talento repentista.
Aos 6 anos de idade já fazia versos, e aos 17 tornou-se cantador profissional, apreciado e aplaudido por quantos o ouvissem, vez que os improvisos, nas várias modalidades tradicionais da poesia popular: mourão, martelo agalopado, galope alagoano, galope à beira-mar, quadrão, gemedeira, etc, jorravam-lhe da boca aos borbotões.
Até então permanecera no sítio onde virou a luz do dia, transferindo-se para Cajazeiras, donde, em 1961, mudou-se para juazeiro do Norte, fixando residência.
Aos 5 de setembro de 1963, consorciou-se com Helena Ferreira de Caldas, icoense, filha de Francisco das Chagas do Nascimento e Ana Ferreira do Nascimento, advindo dessa união duas filhas, Íria e Analica.


Cantador profissional há 51 anos, cordelista e escritor, autor de mais de mil folhetos e centenas de poemas, com dez livros publicados e seis LP´s gravados; pertence Pedro Bandeira a várias sociedades culturais, filantrópicas e recreativas, entre elas a Associação dos Violeiros, Poetas Populares e Folcloristas do Cariri - AVPPFC, da qual é o fundador, É portador de dezenas de diplomas, medalhas de mérito, com 162 troféus de 1º lugar, isso sem contar os segundos, terceiros, quartos, quintos e sextos lugares e até desclassificações, que também fazem parte da carreira dos grandes cantadores, em festivais ocorrido em todo o Brasil.
É radialista profissional, com programas diários, e auditório próprio na cidade em que reside.
Tornou-se hoje, o poeta popular mais citado pela imprensa escrita, falada e televisionada.
Pedro Bandeira – Príncipe dos Poetas Populares do Nordeste.
Licenciado em Letras Clássicas pela Faculdade de Filosofia do Crato, bacharel em direito pela faculdade de direito do Crato; advogado inscrito na OAB do Ceará, sob nº7755 e, por fim, bacharel em teologia pela universidade vale do Acaraú.
Pedro Bandeira cantou para o papa João Paulo II; cantou para os ex- presidentes, Castelo Branco, Costa e Silva, João Figueiredo, Fernando Collor e é o repentista preferido do poeta escritor José Sarney, para quem cantou várias vezes, quando este era presidente da república; intelectual por quem sempre é citado em seus discursos sobre arte de improvisar, quando fala de cantoria. Pedro Bandeira foi citado e elogiado por Luis Câmara Cascudo, José Américo de Almeida, Jorge Amado, Teo Brandão, Rodolfo Coelho Cavalcante, e tantos outros escritores do Brasil e do exterior. Foi convidado pelo Dr. José Aparecido para ir a Portugal, o que aceitou, e juntamente com o poeta Geraldo Amâncio, fez várias apresentações, naquele país, inclusive no palácio do governo, a convite do próprio presidente Dr. Mário Soares.
É um orador diserto, palavra fácil e sonorizada. Eleito vereador em duas legislaturas em Juazeiro do Norte onde durante dez anos exerceu o mandato com dignidade e dedicação.
Espírito de luta e de visão; Fundador da missa do vaqueiro juntamente a padre João Câncio e Luiz Gonzaga “ Rei do Baião”, no Sertão do Pernambuco.
Idealizou e criou os jornais periódicos: “ Voz do Folclore” e “ Voz da Nova República” e “ O Crajubar” Jornalzinho que ainda não morreu, a qualquer momento estará circulando novamente. Membro Fundador da Câmara Junior de Juazeiro do Norte, ao lado de vultos como Aldemir Sobreira, Vicente Magalhães e outros.
Pedro Bandeira pertenceu também aos LIOS CLUB internacional por vários anos onde deixou grande ciclo de amizade e exemplo de boa conduta.
Pedro Bandeira é o único violeiro de sua safra, que vem acompanhado a ascensão da categoria nos últimos tempos, enfrentando todos os cantadores velhos e novos do nordeste, sem perder espaço, nem fama de grande cantador e autêntico repentista e letrado, pois para isso prima e se esmera de humildade e cuidado. Verso fácil e burilado, cantando do pé de parede aos festivais, com gosto e responsabilidade.
Pedro Bandeira tem a honra de ter sido tema para um livro do professor e escritor Joaryvar Macedo, “Pedro Bandeira, príncipe dos poetas populares”, quando este era secretário de cultura do Ceará. Foi enfocado em vários filmes e documentários de curta metragem, inclusive por Ipojuca Pontes.
Tem músicas gravados por Luis Gonzaga, Fagner, Luis Vieira, Alcimar Monteiro, Trio Nordestino, e outros astros de fama em todo o país.
Foi prefaciado por Padre Antônio Vieira, e foi apresentado ao Brasil pela mão de Carlos Drumonnd de Andrade, em crônica publicada no jornal do Brasil, Rio de Janeiro, quinta-feira, 07 de maio de 1970.
Seu grande momento de realização: Cantoria. Como ele faz questão de salientar freqüentemente: ”O que gosto mesmo é de cantar e escrever”.